Rota Bioceânica

Seminário oficializa compromissos e integração econômica e cultural

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Reportagem: Magna Melo

Três dias de imersão sobre a Rota Bioceânica renderam nesta quinta-feira (20) descobertas culturais, acordos de colaboração e perspectivas de um futuro econômico conjunto positivo entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. O Seminário Internacional da Rota Bioceânica e o 6º Foro de los Gobiernos Subnacionales del Corredor Bioceânico deixa legado positivo. E todas as discussões e as definições apresentadas agora fazem parte de um documento: a “Carta de Intenções”.

A Carta de Campo Grande oficializa o compromisso de continuar fortalecendo a integração regional e o desenvolvimento sustentável em prol da qualidade de vida de seus habitantes. Também reforça as diretrizes de funcionamento do fórum e os avanços do Plano Mestre de Integração e Desenvolvimento da Rota Biocêanica, que segundo o documento lido, é acompanhado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

O documento foi assinado pelos governadores Ricardo Díaz Cortés, de Antofagasta, Carlos Alberto Sadir, de Jujuy, Julio San Millán, de Salta, Harold Bergen, de Boquerón, Bernardo Antonio Zátare Ruda, de Presidente Hayes, José Miguel Carvajal Gallardo, de Tarapacá, Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul.

Leia aqui a Carta de Campo Grande.

Resultados

O secretário Jaime Verruck da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) finalizou os trabalhos e ressaltou a importância das ações para que até o final de 2026 os municípios estejam preparados.

“Essa percepção de como precisa ser trabalhado, assim como em Porto Murtinho, os prefeitos sempre perguntam: como que eu faço para me beneficiar da Rota, qual a indústria que vai para o meu município? Porém a pergunta deve ser ao contrário, como que eu vou preparar o município para que os empresários do setor privado olhem para o meu município e vejam toda a estrutura de seguridade, ter o plano diretor bem organizado e defino as metas de expansão no em torno da Rota, estruturar a cidade para que a pessoa permaneça, que tenha empregos, atividades, esse foi um grande ganho entre as discussões com os governadores e prefeitos dos quatro países, como as cidades tem que se preparar para todo esse desenvolvimento”, destacou Jaime .

Além das metas e desafios apresentados no Seminário, também foram apresentadas as ações desenvolvidas no âmbito acadêmico, e em tecnologia e inovação. O professor da UEMS (Universidade Estadual de MS) doutor Ruberval Franco Maciel, destaca os estudos e o planos de qualificação social e profissional e as ferramentas digitais disponíveis para dar respostas os relatórios contendo os todos sobre a Rota Bioceânica.

“Esse seminário foi muito importante, a Universidade tem acompanhado os trabalhos que envolvem a Rota Bioceância já algum tempo. O Governo do Estado tem feito a promoção da governança. Apresentar soluções para questões específicas da Rota é um trabalho a se destacar. Temos hoje um grupo forte composto por universidades, o Rede Universitária da Rota de Integração Latino-Americana (UniRila), e também temos UEMS na Rota, neste trabalho são feitos estudos técnicos para preparar os municípios para o desenvolvimento, no sentido que essa Rota não passe nos municípios e que fique só um ponto de passagem, mas que tenham desenvolvimento”.

“Nesse evento criamos vários trabalhos específicos no sentido de buscar resultados para sociedade, vou citar cinco: Observatório “OBSERVAROTA”, tudo aquilo que as pessoas querem saber vão ter esse espaço com os dados sobre a Rota Bioceânica. Também será ofertado curso de pós-graduação com especialização para os servidores públicos, buscando soluções sobre saúde, segurança pública e vários aspectos voltados para Rota. Estamos fazendo uma grande parceria entre universidade e governo do Estado. Nós também estamos pensando na capacitação para o turismo, especifica para Porto Murtinho, porque é a cidade que está sendo diretamente impactada pelo corredor bioceânico. Nós também fizemos um estudo sobre qual é a vocação de cada município, é importante porque agora temos os novos prefeitos (as) e já estudo técnico que aponta qual potencialidades de cada município, como esses estudos podem contribuir no planejamento no sentido de aportar recurso e sair na frente e vendo uma grande oportunidade no corredor bioceânico”, continua Ruberval.

“Tivemos também vários grupos temáticos no turismo, segurança pública, os municípios apontaram alguns dos gargalos, quais são os desafios da rota que estão protocolados na ATA, e a partir dela vamos fazer um estudo e um evento no segundo semestre já trazendo resultados de como resolver ou como mitigar essas questões, então nós já estamos preparando a população em geral e academia, do ponto de vista da academia para o próximo evento que será em novembro na Argentina”, concluiu.

Com informações de Alexandre Gonzaga, Comunicação do Governo de MS
Fotos: Álvaro Rezende

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