Literatura

No Dia Mundial do Livro, clube cultiva paixão pela literatura

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Reportagem: Magna Melo

Leitores assíduos celebram o 23 de abril com empolgação. Nesta quarta é comemorado o “Dia Mundial do Livro”, data escolhida pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura) com intuito de incentivar a leitura e homenagear os autores.

Apaixonada por literatura, Jordana Goulart resolveu expandir as experiências com os livros. Convidou algumas pessoas que compartilhavam da mesma paixão para formar um grupo de leitura.

Assim nasceu o Clube Livre-se.

O grupo foi criado em 2022 com 13 pessoas e hoje conta com 40 participantes, todas mulheres. Os encontros são semanais e em locais diferentes, normalmente em espaços abertos, como parques e praças. As escolhas das obras são por meio de votação entre os membros, sendo que os livros mais votados são os escolhidos.

“São encontros bem produtivos, eu já tinha o hábito de ler, mas em grupo fica mais organizado e prazeroso, nesses quase três anos, foram muitas experiências produtivas com os livros e as trocas de conhecimentos com as pessoas do grupo”, explica a jornalista Zilda Viera, que está no grupo desde o início da formação.

Unidos pelo desejo de compartilhar histórias e reflexões, os participantes do Clube Livre-se elaboraram um cronograma semestral que fomenta debates e descobertas.

“Neste mês estamos lendo o romance de Gabriel García Márquez ´Cem anos de Solidão`. Em maio será a obra de Alex Michaelides, ´A Paciente Silenciosa` e em junho será a vez do clássico de Aluísio Azevedo, ´O Cortiço`. Valorizamos a diversidade de estilos e vozes, explorando desde clássicos da literatura, como Machado de Assis, até nomes contemporâneos, como Carla Madeira, sempre com autores de diferentes origens e nacionalidades”, revela a criadora do grupo, Jordana Goulart.

Olha a dica!

Quer uma dica de leitura para celebrar também o Dia Mundial do Livro? A jornalista Zilda Vieira indica o seu favorito: “Água Fresca para as Flores”, da escritora Valérie Perrin.

O livro aborda uma sensível história de amor no peculiar cenário de um cemitério.

Violette Toussaint, teve seus dias por marcados por confidências. Para aqueles que vão prestar homenagens aos entes queridos, a casa da zeladora funciona também como um abrigo diante da perda, um lugar em que memórias, risadas e lágrimas se misturam a xícaras de café ou taças de vinho.

Com a pequena equipe de coveiros e o padre da região, Violette forma uma família peculiar. Mas como ela chegou a esse mundo onde o trágico e o excêntrico se combinam?

Com quase cinquenta anos, a zeladora coleciona fantasmas ― uma infância conturbada, um marido desaparecido e feridas ainda mais profundas ―, mas encontra conforto entre os rituais e as flores de seu cemitério.

Sua rotina é interrompida, no entanto, pela chegada de Julien Seul, um homem que insiste em deixar as cinzas da mãe no túmulo de um completo desconhecido. Logo fica claro que essa atitude estranha está ligada ao passado difícil de Violette, e esse encontro promete desenterrar sentimentos há muito esquecidos.

À medida que os laços entre os vivos e os mortos são expostos, acompanhamos a história dessa mulher que acredita de forma obstinada na felicidade, mesmo após tantas provações. Com sua comovente e poética ode ao cotidiano, Água fresca para as flores é um relato íntimo e atemporal sobre a capacidade de redenção do amor.

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