Animal foi capturado três dias após o desaparecimento da vítima e estava próximo aos restos mortais.
A Polícia Científica de Mato Grosso do Sul confirmou, por meio de exame de DNA, que a onça-pintada capturada em abril na região do Toro Morto, no Pantanal, foi a responsável pela morte do caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos. O resultado está sendo encaminhado ao delegado responsável pelo caso.

A suspeita sobre o felino surgiu desde o início das investigações, já que a onça foi encontrada próxima aos restos mortais da vítima, três dias após seu desaparecimento em um pesqueiro da região. Testemunhas relataram que o animal chegou a atacar membros das equipes de busca, ferindo o braço de um dos homens que tentavam localizar o corpo.
Em maio, um laudo do Instituto Médico Legal já havia confirmado que a causa da morte de Ávalo foi um ataque de onça-pintada, com ferimentos fatais na região da cabeça. No entanto, faltava a comprovação definitiva por exames laboratoriais, agora concluída.
A onça foi capturada pela Polícia Militar Ambiental (PMA) no dia 24 de abril. No local do desaparecimento, foram encontrados apenas vestígios de sangue e pegadas do animal. Segundo o governo do Mato Grosso do Sul, havia indícios de que o felino era “cevado” no pesqueiro, ou seja, alimentado artificialmente, o que pode aumentar a aproximação de animais silvestres aos humanos.
Após ser capturada, a onça passou por um período de 21 dias de observação no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande, e depois foi transferida para um instituto especializado. Lá, o animal foi batizado com um nome irapuã, que significa “agilidade e força” em tupi-guarani.
Créditos: Daniela Nahas
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